Equipe Feminina da Polícia Civil de SP Faz História no Swat Dubai Challenge

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Um grupo de sete policiais civis de São Paulo marcou presença na história ao se tornar a primeira equipe feminina do Brasil a competir no Swat Dubai Challenge, conhecido como a “Copa do Mundo das Polícias”. O evento aconteceu em fevereiro deste ano nos Emirados Árabes Unidos, reunindo 120 equipes de 46 países em provas que testam habilidades de tática, precisão e trabalho em equipe.

A competição incluiu desafios como tiro, rapel e simulação de resgates. O grupo paulista foi formado por integrantes do Grupo de Operações Especiais (GOE), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), entre outros. A maioria das participantes atua na Região Metropolitana de São Paulo.

“Ter uma equipe feminina em uma competição de alto nível como o Swat Dubai Challenge é motivo de grande orgulho. Isso demonstra não apenas a competência técnica e tática das nossas policiais, mas também reforça a importância da presença feminina em todos os espaços da segurança pública”, destacou Victorya Lopes Anjo, escrivã da Polícia Civil e integrante da equipe.

Esta edição da Swat Dubai Challenge marcou a estreia de equipes femininas na competição. Após a participação do time paulista, a Polícia de Dubai convidou o Grupo de Responsabilidade Tática (GRT) para futuras edições do torneio, incentivando mais policiais civis brasileiras a integrarem o desafio.

Desafios e Superação

A jornada até Dubai começou bem antes da competição. Desde julho de 2024, as policiais se preparavam intensamente, conciliando treinos com suas atividades diárias, que envolvem desde operações policiais até a rotina como mães. O treinamento incluiu resistência física, habilidades táticas e psicológicas para enfrentar os desafios da competição.

Com um voo de 14 horas até os Emirados Árabes, a equipe paulista enfrentou cansaço e desgaste logo na chegada. Durante quatro dias de treinamentos intensivos, tiveram que se adaptar ao calor intenso e à cultura local antes de cinco dias consecutivos de competição.

Carla Regina Nastri, investigadora da Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, ressaltou a importância da experiência: “Foram seis meses de preparação para o campeonato. Tive muito orgulho de ter participado e uma sensação de ter feito a diferença dentro da instituição”. Com 35 anos de carreira, Carla foi a primeira mulher a integrar o Garra da Seccional de São Bernardo.

Três das policiais retornaram ao Brasil com lesões devido ao alto nível de exigência da competição, mas todas ressaltam o aprendizado adquirido. O intercâmbio com outras forças policiais proporcionou troca de experiências e novas táticas operacionais que podem ser aplicadas no Brasil.

Representatividade Feminina na Polícia Civil

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Civil de São Paulo conta com cerca de 6 mil mulheres, representando 24% do efetivo total. Para as participantes do torneio, experiências como essa são fundamentais para incentivar mais mulheres a ingressarem na corporação.

“Temos um número muito grande de mulheres em todas as carreiras, com representatividade crescente. Sabemos que elas podem estar onde quiserem e que o esforço de cada uma é fundamental para conquistar espaço. Esse é o recado que precisamos deixar para as futuras policiais”, afirmou a delegada seccional de São Bernardo do Campo, Dra. Kelly Cristina Sacchetto.

Iniciativas para Mulheres na Segurança Pública

O Governo do Estado de São Paulo promove o movimento “SP Por Todas”, que busca ampliar a visibilidade de políticas públicas voltadas às mulheres, oferecendo suporte e autonomia profissional. Entre as iniciativas recentes, destacam-se a criação do aplicativo SPMulher Segura, que permite contato direto e rápido com a polícia em casos de risco, e a expansão das Delegacias da Mulher 24 horas.

A participação da equipe feminina da Polícia Civil de São Paulo no Swat Dubai Challenge simboliza avanços na segurança pública e na representatividade feminina, abrindo portas para futuras policiais e reforçando o papel das mulheres em posições de destaque na corporação.

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