JOVEM QUE BRIGOU COM POLICIAL MILITAR DESAPARECE EM COTIA

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 JulianoO rapaz disse a família, que se algo acontecesse a ele, deveriam procurar a polícia e dizer que ele estava sendo ameaçado pelo PM

A Polícia Civil investiga o envolvimento de um policial militar no desaparecimento de Juliano de Assis Camargo, de 24 anos, em Cotia. Ele foi visto, pela última vez, na quinta-feira, 13, quando saiu de casa para um passeio.

Na delegacia, os familiares explicam que Juliano e o policial estão se desentendendo desde 2008, quando o rapaz foi acusado pelo policial de praticar o roubo de uma moto. Na ocasião, Juliano e o policial brigaram e a arma do PM disparou, ferindo os dois.

Após essa discussão, Juliano foi preso, e ficou quase um ano e meio na cadeia, mas foi considerado inocente pela Justiça. Já o policial passou a responder processo suspeito de falso testemunho.

Ainda segundo a família, no mês passado, Juliano voltou a encontrar o policial, em uma rua da cidade de Cotia e acabou espancado. A agressão foi tão violenta que Juliano teve traumatismo craniano.

Na delegacia, a mãe de Juliano disse que o filho contou para ela que se ele desaparecesse, ela deveria procurar a polícia civil e contar que tinha sido o policial militar que teria feito algo com ele, já que ele estava sendo ameaçado pelo PM.

Segundo a polícia, o Ministério Público queria que Juliano e a família participassem de um programa de proteção à vítima, mas eles recusaram.

A polícia explicou que as investigações vão continuar e que, agora, os investigadores estão tentando localizar testemunhas do desaparecimento do rapaz. As que forem localizadas serão chamadas para prestar depoimento.

O outro lado

O departamento de Relações Públicas, do 42º BPM/M de Osasco, batalhão onde o policial que está sendo investigado trabalha desde setembro de 2009, informou que no começo deste ano Juliano procurou a delegacia de Cotia e disse que tinha sido agredido por uma pessoa e apontou o policial como o ‘suposto agressor’. Diante dessa informação foi aberta uma sindicância para apurar os fatos, mas como ele estava de folga, o policial não cometeu crime militar e, por isso, a questão passou a ser investigada pela Polícia Civil.

Eles explicam que o processo estava tramitando e que Juliano seria chamado para dar depoimento, no entanto, no último final de semana, familiares do rapaz comunicaram o desaparecimento. Mas, a sindicância vai continuar para apurar se houve ou não agressão.

O departamento de Relações Públicas da PM informou que o policial que está sendo investigado foi internado no Hospital Militar onde passou por uma cirurgia, na quinta-feira, 13, e só teve alta na segunda-feira, 17. A cirurgia seria para aliviar as dores causadas por um projétil que está alojado nas costas do policial, há dois anos, numa tentativa de assalto.

Ainda segundo a polícia, o PM só realizava funções administrativas, pois o ferimento resultou nas limitações de movimento. Quando ao desempenho do PM no serviço, a polícia informou que ele realiza sem questionar suas obrigações no batalhão.

Além disso, o departamento de Relações Públicas pede que se algum popular tiver presenciado a agressão ou desaparecimento de Juliano, que informe à Polícia através do número 181, que garante o sigilo total dos denunciantes.

Fonte Web-Diario e Informações do G1

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