A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira, 15 de outubro, a primeira estimativa para a safra de grãos 2024/2025, que aponta uma produção recorde de 322,47 milhões de toneladas, representando um aumento de 8,3% em relação à temporada anterior. Com uma área cultivada 1,9% maior, atingindo 81,34 milhões de hectares, o Brasil pode alcançar uma colheita histórica se os números se confirmarem.
Arroz: Aumento Significativo na Produção e Expansão Regional O arroz destaca-se na previsão da Conab, com um crescimento de 9,9% na área semeada, impulsionado pelo aumento nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Mato Grosso lidera com uma expansão de 39,3%, seguido de Goiás e Minas Gerais, que apresentaram aumentos de 24% e 25,1%, respectivamente. O Sul, região mais tradicional na produção de arroz, também ampliará sua área cultivada para 1,16 milhão de hectares. Estima-se uma colheita de 12 milhões de toneladas, recuperando os níveis da safra de 2017/2018.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, enfatiza a importância desse resultado: “A previsão é de que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história, graças ao empenho dos produtores e ao apoio governamental que beneficia produtores de todos os portes.”
Outros Grãos e Expectativas para o Mercado Interno e Exportações Para o feijão, a Conab projeta um aumento na área semeada, com destaque para a primeira safra, que deve alcançar 947,3 mil toneladas. A produção total de feijão no Brasil deve crescer 0,5%, somando 3,26 milhões de toneladas. No caso da soja, embora a expansão de área seja menor, o volume total deve atingir 166,05 milhões de toneladas, enquanto o milho pode alcançar 119,74 milhões de toneladas, um aumento de 3,5%.
A Conab prevê uma queda nos preços do arroz, com a expectativa de maior oferta interna, mas a rentabilidade ao produtor deve ser mantida. O aumento na produção também abre espaço para exportações, com potencial de 2 milhões de toneladas. O milho, por sua vez, enfrenta uma diminuição de área na América Latina, o que pode elevar o preço externo do cereal.
Com um cenário promissor, o Brasil se fortalece como um dos maiores produtores mundiais de grãos, respondendo à crescente demanda internacional e promovendo a sustentabilidade do agronegócio nacional.