Dois suspeitos de participar do assassinato do prefeito de Jandira, Braz Paschoalin (PSDB), deverão ser indiciados nesta quarta-feira, 29, por homicídio triplamente qualificado, segundo o delegado titular do SHPP (Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa), Zacarias Katzer Tadros, em entrevista coletiva na tarde de ontem.
A dupla identificada como – Adilson e Lazaro – está entre as sete pessoas presas por suspeita de envolvimento na morte do prefeito que foi morto a tiros no dia 10 de dezembro. Um outro suspeito, que foi identificado como Lauro de Souza, também foi indiciado pelo crime. Lauro foi preso na última quinta-feira, 22, e confessou ter dirigido um dos carros que serviu para a fuga dos executores do crime.
Além do indiciamento dos suspeitos, Tadros confirmou que o carro utilizado por Lauro para prestar fuga aos bandidos foi apreendido na casa do suspeito e que peritos do IC (Instituto de Criminalística) estão coletando impressões digitais e outros matérias que possam ajudar nas investigações.
Segundo o delegado, vinte pessoas foram ouvidas no caso e o inquérito está caminhando para uma finalização rápida. “Estamos com praticamente 70% do inquérito apurado”, disse acrescentando que o trabalho da polícia deve resultar em novas prisões. “Não posso revelar nomes para não atrapalhar as investigações, mas nos próximos dias teremos novidades sobre o caso”, finalizou.
Testemunha
Ontem, o vereador de Jandira Reginaldo Camilo dos Santos (PT), o Zezinho, foi ouvido pela polícia na condição de testemunha. Segundo o delegado, o vereador forneceu detalhes sobre a administração pública de Jandira.
Na saída da delegacia, Zezinho relatou que levou alguns contratos da prefeitura para o delegado e contou que o que mais chama atenção nos documentos são os valores altos. “Somente na Secretaria da Habitação existiam contratos que somavam a quantia de R$ 8 milhões, isso sem contar as demais pastas”, apontou o vereador.
Crime e presos
O prefeito Braz Paschoalin foi morto a tiros no dia 10 de dezembro quando chegava à sede da rádio Astral FM, no Jardim Mirante. Ele estava acompanhado do motorista, Wellington Martins, o Geleia, que continua internado.
No dia do crime, quatro homens foram detidos, dentre eles, dois tinham vestígios de pólvora nas mãos. Dias depois, o ex-secretário de Jandira, Wanderley Lemes de Aquino e um empresário do ramo de sinalização de trânsito que tem contratos com a prefeitura foram detidos por suspeita de envolvimento no crime. Na última quinta-feira, 22, aconteceu a prisão de Lauro, conhecido estelionatário da cidade que confessou ter recebido R$ 3 mil para dirigir um carro que seria utilizado para dar fuga aos criminosos que atiraram contra o prefeito e o motorista.
Fonte-Webdiario
foto-Divulgação