Nesta semana, tivemos um fato inusitado. Em dias alternados tanto a prefeita de Itapevi, Ruth Banholzer, como o deputado estadual João Caramez visitaram o novo secretário da Justiça e Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey. Ruth e Caramez, ambos adversários políticos, demonstraram uma saudável preocupação comum: a definição da inauguração do novo Fórum de Justiça da cidade.
O novo prédio foi construído próximo à Cohab. Só falta ser inaugurado para que sejam transferidas as atividades do Fórum antigo, que funciona no bairro do Itaqui. A obra foi feita com recursos estaduais liberados pelo governador Geraldo Alckmin e o terreno foi doado pela Prefeitura na gestão da prefeita Dalvani Caramez, época em que as obras tiveram início. Foram quase dois milhões de reais investidos na construção.
Agora, quando está tudo pronto e prestes a ser inaugurado, a prefeita Ruth Banholzer divulga no site oficial da cidade, que a prefeitura “assumiu com recursos próprios da municipalidade o término da obra”.
Ora, que estranho. Como isso é possível? Onde está registrado que a Prefeitura destinou recursos próprios para a obra, alem da contra partida fixada em licitação e no contrato? Será que isso realmente é verdade ou foi mais um “lapso de comunicação”, cometido pela equipe da ilustríssima senhora prefeita?
Pelo que me consta, a atual Administração pavimentou a rua de acesso principal e o pátio de estacionamento do Fórum e que esses recursos foram feitos através de licitação de acordo com Diário Oficial do Estado pg.143 de 29/04/2006, valor da obra 147.898,26. Agora dizer que a Prefeitura colocou dinheiro para terminar o prédio me parece exagero, para dizer o mínimo, uma vez que esta é uma obra Estadual.
Outro exagero é dizer que a inauguração do prédio “será em poucos dias”, já que nas palavras do próprio secretário, o que será marcada em poucos dias será uma data para a inauguração que poderá acontecer em “poucas semanas”.
Ou seja, como diria meu avô, “lá vem esse pessoal colocando a carroça na frente dos bois, outra vez”. Isso é muito ruim, porque o cidadão merece respeito e os atos de uma Administração Pública devem ser transparentes e baseados em verdades absolutas, nunca em meias-verdades, inverdades ou omissões.