PF Conclui Inquérito Sobre Organização Criminosa que Planejava Impedir Posse de Lula e Alckmin

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A Polícia Federal (PF) concluiu nesta quinta-feira (21) o inquérito que investigava a atuação de uma organização criminosa formada para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin assumissem seus cargos como presidente e vice-presidente do Brasil, respectivamente, após a vitória nas eleições de 2022. A apuração apontou a existência de um esquema estruturado para inviabilizar a transição de governo, sucedendo Jair Bolsonaro.

Em nota oficial, a PF confirmou o envio do relatório final ao Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo provas robustas coletadas ao longo de quase dois anos. Entre os indiciados estão nomes de peso, como o ex-presidente Jair Bolsonaro; o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto.

Esquema Estruturado por Núcleos

Segundo o relatório da PF, os investigados operavam por meio de divisão de tarefas em ao menos seis núcleos distintos:

  1. Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral: Responsável por disseminar informações falsas e desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.
  2. Núcleo de Incitação Militar: Focado em persuadir membros das Forças Armadas a aderirem a um golpe de Estado.
  3. Núcleo Jurídico: Atuava para dar respaldo legal às ações golpistas.
  4. Núcleo Operacional de Apoio: Estruturado para organizar as ações em campo, incluindo manifestações e atos violentos.
  5. Núcleo de Inteligência Paralela: Voltado à espionagem e coleta de informações estratégicas de forma ilegal.
  6. Núcleo Operacional para Medidas Coercitivas: Executava ações diretas, como coação e intimidações.

Provas Obtidas

As provas foram obtidas por meio de medidas autorizadas pela Justiça, como:

  • Quebras de sigilos telemáticos, telefônicos, bancários e fiscais;
  • Colaborações premiadas;
  • Buscas e apreensões em diversos estados do país;
  • Outras diligências policiais realizadas ao longo da investigação.

“A entrega do relatório encerra as investigações referentes às tentativas de golpe de Estado e à abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, destacou a PF.

Consequências

O relatório será analisado pelo STF, que decidirá os próximos passos, incluindo a possibilidade de abertura de ações penais contra os envolvidos. Este caso se junta a outros processos de repercussão nacional que investigam os desdobramentos das eleições de 2022 e os ataques à democracia brasileira.

A conclusão do inquérito marca mais um capítulo de uma série de investigações que têm como objetivo preservar o Estado Democrático de Direito no país.

Fonte: Agência Brasil

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