Um grave acidente de ônibus chocou a região de Jaboticabal, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 24 de abril. O veículo, que transportava 43 passageiros, tombou em uma rotatória da Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), resultando em duas mortes e dezenas de feridos. Sobreviventes relataram momentos de puro desespero e horror, com cenas de sangue, gritos e a necessidade urgente de auxiliar os presos nas ferragens. A tragédia mobilizou equipes de resgate e trouxe à tona a vulnerabilidade dos viajantes em estradas brasileiras. A ocorrência deixou a comunidade local em luto e comoveu a população.
O acidente em detalhes
O ônibus havia partido da capital paulista às 23h55 de terça-feira, 23 de abril, com destino à cidade de Bebedouro, também no interior de São Paulo. A viagem noturna foi abruptamente interrompida por volta das 6h da manhã, quando o veículo tombou ao entrar na rotatória de acesso a Jaboticabal. A dinâmica exata do acidente ainda é incerta, mas alguns relatos iniciais sugerem uma possível derrapagem, conforme mencionado por um dos passageiros que acordou com o impacto. O local, uma rotatória na Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), foi imediatamente interditado pelas autoridades para permitir o trabalho de resgate e a perícia.
O tombamento resultou na morte de duas pessoas: uma criança e uma mulher, cujas identidades não foram divulgadas até o momento. Além das vítimas fatais, todos os demais 41 passageiros sofreram algum tipo de ferimento, desde escoriações leves até lesões mais graves. A cena no local era de caos, com o ônibus virado e passageiros presos, exigindo uma resposta rápida e coordenada das equipes de emergência. A Rodovia Brigadeiro Faria Lima é uma via de tráfego intenso e o incidente causou grande comoção e preocupação na região.
Primeiras informações e rota
O trajeto noturno do ônibus, partindo de São Paulo com destino a Bebedouro, é comum para muitos que se deslocam entre as grandes cidades e o interior paulista. O veículo estava a poucas horas de seu destino final quando a tragédia ocorreu. A rotatória onde o tombamento aconteceu é um ponto crucial de acesso à cidade de Jaboticabal, e a sua interdição, embora necessária para o socorro, não chegou a causar grandes lentidões no trânsito, talvez pela hora da manhã em que o acidente se deu. A polícia rodoviária e os órgãos de trânsito iniciaram os primeiros levantamentos para apurar as condições da pista, do veículo e as possíveis causas que levaram ao tombamento.
Relatos de horror e superação
Os sobreviventes do acidente descreveram um cenário de pânico e desespero logo após o impacto. José Carlos Martins Júnior, analista de sistemas, foi um dos passageiros que conseguiu sair ileso fisicamente, mas profundamente marcado pela experiência. Ele relatou o choque e a necessidade de agir rapidamente para ajudar outras vítimas presas nas ferragens. “Ainda não assimilei o que aconteceu porque precisei ajudar as pessoas que estavam presas nas ferragens. Acho que depois a conta vai vir. Muito sangue, pessoas gritando, pessoal tentando sobreviver e entender o que estava acontecendo”, descreveu Martins Júnior, evidenciando o trauma e a intensidade dos momentos vividos.
Outro passageiro, cujo nome não foi revelado, expressou o horror do ocorrido. “Acordei, o ônibus já estava tombando, não sei muito bem, mas acho que derrapou. Acordei e já tinha gente gritando. Foi horrível”, contou, ilustrando a rapidez com que a situação se precipitou e a confusão inicial. Os relatos convergem para a ideia de um evento súbito, sem aviso prévio, que transformou uma viagem tranquila em uma luta pela sobrevivência. O instinto de ajuda mútua, mesmo em meio ao caos e ao choque, foi um ponto crucial para muitos dos passageiros, que colaboraram antes mesmo da chegada das equipes de resgate.
O impacto inicial e a ação dos passageiros
A força do tombamento foi tamanha que arremessou passageiros e bagagens, criando um ambiente caótico dentro do veículo. A escuridão da manhã e a surpresa do evento intensificaram o medo e a desorientação. Em meio aos escombros e aos gritos, muitos passageiros tentaram se desvencilhar dos cintos de segurança ou dos obstáculos para sair do ônibus. Aqueles que conseguiram se libertar rapidamente se voltaram para auxiliar os demais, buscando crianças, idosos e pessoas com deficiência. A solidariedade espontânea foi um fator determinante para que o número de vítimas não fosse ainda maior, com atos heroicos de pessoas comuns sob condições extremas.
Atendimento às vítimas e estado de saúde
Após o acionamento dos serviços de emergência, uma grande mobilização de equipes de resgate foi iniciada. Viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Corpo de Bombeiros e ambulâncias de hospitais da região convergiram para o local do acidente. A prioridade era retirar os passageiros feridos do ônibus, prestar os primeiros socorros e encaminhá-los para unidades médicas. A rotatória foi transformada em um ponto de triagem inicial, onde os feridos eram avaliados e categorizados conforme a gravidade de seus ferimentos, para otimizar o transporte e o atendimento hospitalar.
As vítimas foram encaminhadas para o Hospital e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jaboticabal. Até a última atualização, não havia informações detalhadas sobre o estado de saúde de cada um dos feridos, mas a diversidade dos ferimentos sugere que alguns permaneciam em estado grave. A estrutura de saúde da cidade foi colocada em alerta máximo para receber e tratar a grande quantidade de pacientes. Familiares dos passageiros, ao tomarem conhecimento do ocorrido, iniciaram uma corrida para as unidades de saúde em busca de notícias e informações sobre seus entes queridos. O suporte psicológico também se mostra essencial para os sobreviventes e familiares.
A investigação e as causas do tombamento
As causas exatas do tombamento do ônibus ainda estão sob investigação pelas autoridades competentes. A polícia civil e peritos do Instituto de Criminalística (IC) foram acionados para realizar o levantamento do local, coletar evidências e buscar elementos que possam esclarecer a dinâmica do acidente. Entre os fatores que serão analisados estão as condições mecânicas do veículo, o estado da pista na rotatória, a sinalização, as condições climáticas no momento do ocorrido e a conduta do motorista.
É comum que investigações como essa levem tempo, pois exigem análises técnicas complexas, depoimentos de testemunhas e passageiros, além da revisão de dados de tacógrafo e outras informações do ônibus. O objetivo é determinar se houve falha humana, mecânica ou se fatores externos contribuíram para a tragédia. A identificação das causas é fundamental não apenas para responsabilizar os culpados, mas também para implementar medidas preventivas que evitem futuros acidentes similares em rodovias. A segurança viária é uma preocupação constante, e cada acidente serve como um doloroso lembrete da necessidade de vigilância e manutenção rigorosa.
Conclusão
O grave acidente com o ônibus em Jaboticabal, que deixou duas pessoas mortas e dezenas de feridos, é um trágico lembrete da fragilidade da vida e dos riscos inerentes ao transporte rodoviário. Os relatos de desespero e a rápida mobilização para o socorro ilustram a dimensão humana da tragédia, com passageiros transformados em heróis e comunidades se unindo na dor. Enquanto as investigações prosseguem para determinar as causas exatas do tombamento, a prioridade permanece sendo o cuidado com os feridos e o apoio às famílias das vítimas fatais. Este evento reforça a importância da segurança nas estradas e da constante atenção por parte de motoristas, empresas de transporte e órgãos reguladores para prevenir que tais tragédias se repitam.
Perguntas frequentes
1. Quantas pessoas estavam no ônibus e quantas morreram no acidente em Jaboticabal?
O ônibus transportava 43 passageiros. Duas pessoas morreram no acidente: uma criança e uma mulher.
2. Onde e quando o acidente ocorreu?
O acidente aconteceu em uma rotatória da Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), na entrada de Jaboticabal (SP), na manhã da quarta-feira, 24 de abril, por volta das 6h.
3. Qual era o itinerário do ônibus?
O veículo saiu de São Paulo (SP) às 23h55 de terça-feira (23) e tinha como destino a cidade de Bebedouro (SP).
4. Qual o estado de saúde dos feridos?
Todos os 41 passageiros que sobreviveram sofreram algum tipo de ferimento. Eles foram encaminhados para o Hospital e a UPA de Jaboticabal, mas o estado de saúde detalhado de cada um não foi divulgado.
5. O que causou o tombamento do ônibus?
As causas do acidente ainda estão sob investigação. Autoridades e peritos estão analisando as condições do veículo, da pista, a sinalização e outros fatores para determinar o que levou ao tombamento.
Para mais informações sobre segurança nas estradas e atualizações sobre este caso, siga fontes confiáveis de notícias e fique atento aos comunicados oficiais.
Fonte: https://g1.globo.com



